Você sabe como os engenheiros que projetam as estradas calculam as distâncias de ultrapassagem?

Pistas simples de mao dupla um desafio a cada ultrapassagem

Segundo a 16° Edição da Pesquisa CNT (Confederação Nacional dos Transportes) de Rodovias 2012, quase 90% das rodovias brasileiras são “Pista simples de mão dupla”, ou seja, situação a qual não existem barreiras protegendo os fluxos de tráfegos opostos, o que separam as correntes de tráfego são as marcas amarelas (LFO’S – Linha de Fluxos Opostos) da sinalização horizontal.

Nesse tipo de rodovia, há somente uma faixa de rolamento por sentido, ou seja, haverá momentos em que será necessário realizar ultrapassagens, o que implica em INVADIR A CONTRA MÃO DE DIREÇÃO!!!!!!.

Para que essa manobra seja feita com total segurança é necessário que exista uma Distância de Visibilidade de Ultrapassagem (Du) adequada, ou seja, o motorista precisa ver, na faixa de sentido oposto, um vazio na corrente de tráfego suficiente para o início da manobra. Em projetos de engenharia de tráfego, defini-se como Du o comprimento de estrada necessário para que um veículo possa ultrapassar outro, pela faixa de tráfego oposta com segurança.

Você sabe como os engenheiros que projetam as estradas calculam as distâncias de ultrapassagem?

De modo geral, os cálculos utilizados para as distâncias de ultrapassagens seguem os padrões americanos da AASHTO (American Association of State Highway and Transportation Officials) que considera Du como a soma de quatro outras distâncias parcias (Du = d1+d2+d3+d4):

d1 = distância percorrida durante o tempo de percepção e aceleração inicial (m)

d2 = distância percorrida durante a ocupação da faixa de tráfego oposta (m)

d3 = distância de segurança

d4 = distância percorrida pelo veículo que trafega na faixa de tráfego oposta (m)

Resumindo-se as diversas contas para se obter os valores de d1, d2, d3 e d4, Du (m) é dado pela seguinte equação (onde V é a velocidade regulamentada pela via):

A equação acima é utilizada no Brasil e em diversos países de Europa além dos Estados Unidos e se mostra plenamente eficaz!

No entanto, não só de engenharia aplicada vivem as estradas brasileiras, no trânsito o fator humano está acima de tudo e as rodovias simples de pista dupla continuam sendo o palco de muitas mortes, onde o desrespeito às leis de trânsito como: ultrapassagem em locais e áreas proibidas (desrespeito à sinalização de trânsito), excesso de velocidade, consumo de bebida alcoólica e uso de entorpecentes no momento da direção são as maiores causas dos acidentes de trânsito.

Para que você tenha uma boa viagem aqui vão algumas dicas:

1° – Respeite as leis de trânsito: Nunca ultrapasse na faixa contínua, em aclives ou declives, em curvas ou em locais e áreas proibidas;

2° – Pratique a direção defensiva, ou seja, dirija para você e para os outros;

3° – Existem certas “maldades” das rodovias que alguns motoristas praticam e que podem evitar acidentes, como por exemplo:

• Ao ver que poderá iniciar uma ultrapassagem, sinalize ao motorista da frente piscando os faróis um única vez (Art. 40 inciso III do Código de Trânsito Brasileiro);
• Ao perceber que alguém tem a intenção de ultrapassá-lo, informe que entendeu dando seta para direita (somente por alguns segundos) jogando o carro levemente para o bordo da pista e não acelere a marcha (Art. 30 do Código de Trânsito Brasileiro);

Viva melhor no trânsito e faça parte do PARADA: UM PACTO PELA VIDA, acessando o site nesse link.