segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Produção de energia eólica na Dinamarca excede demanda do país

A produção de energia eólica da Dinamarca atingiu a marca de 140% em relação à demanda energética nacional, na última sexta-feira (10). Com isso, o país pôde exportar energia para a Alemanha, para a Suécia e para a Noruega. 
Os 140% representam um valor acima da média de um dia com muito vento, que é de 116%. O novo recorde foi atingido quando a demanda energética do país baixou, por volta das 3 horas da manhã de sexta-feira.
“Isso mostra que um mundo que funciona 100% com energia renovável não é uma fantasia”, informou Oliver Joy, da Associação de Energia Eólica da Europa, segundo o The Guardian. “A energia proveniente do vento e de fontes renováveis podem ser a solução para a descarbonização – e também para a segurança do suprimento em tempos de alta demanda.”
Líder no segmento de energia renovável, a Dinamarca, que tem 5,6 milhões de habitantes (menos da metade da população de São Paulo), tem a meta de produzir metade de sua demanda energética com a força do vento até 2020. Outro objetivo do país é acabar completamente com o uso de combustíveis fósseis, não só na geração de energia doméstica, mas também nos carros, até 2050.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Gigantes petroleiras Exxon, BP e BG estão fora do leilão de Libra, diz ANP

Três gigantes intermacionais do setor petroleiro – a norte-americana Exxon Mobil e as britânicas BP e BG – não participarão do leilão do Campo de Libra, no pré-sal da Bacia da Santos, segundo informou nesta quinta-feira (19) a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard.
Esse é o primeiro leilão que vai conceder áreas para exploração de petróleo e gás natural na região do pré-sal sob o regime de partilha de produção e já está marcado para 21 de outubro. A expectativa é que a produção seja de 1 milhão de barris por dia da área de Libra, a maior reserva de petróleo já descoberta no país.
Magda também informou que pelo menos 11 empresas pagaram a taxa de participação no leilão da reserva petrolífera. Na manhã desta quinta-feira, a ANP havia confirmado que o número era de 12 empresas, mas corrigiu o dado às 14h45. De acordo com a ANP, essas 11 empresas já não incluíam as três gigantes do setor. A entidade disse, ainda, que, apesar da ausência no leilão, as petroleiras informaram que "mantêm o interesse em investir no Brasil".
A expectativa da diretora da ANP era que até 40 empresas participassem do leilão, mas que a "conjuntura" fez com que o número fosse menor. O prazo para pagamento da taxa, de pouco mais de R$ 2 milhões, terminou na quarta-feira.
Na terça-feira, a diretora-geral da agência reguladora tinha informado que um total de 18 empresas pagaram taxas para acessar dados da reserva de Libra.
Segundo o cronograma do edital, a previsão é que a assinatura do contrato com os consórcios vencedores ocorra em novembro.
Regras
A concessionária terá que repassar à União uma parte do óleo que produzir – por isso o regime é chamado de partilha. Vence a licitação quem oferecer a maior fatia de produção à União.
A empresa que vencer o primeiro leilão de exploração de petróleo na região do pré-sal sob o regime de partilha da produção terá que pagar à União um bônus de R$ 15 bilhões.
Segundo a ANP, as recentes descobertas no campo de Libra mostram um volume "in situ" (volume de óleo ou gás existente em uma região) esperado de 26 bilhões a 42 bilhões de barris. Com uma recuperação estimada em 30% do volume total, a perspectiva é que Libra seja capaz de produzir de 8 a 12 bilhões de barris de petróleo.
O Brasil espera uma produção de 1 milhão de barris por dia da área de Libra, a maior reserva de petróleo já descoberta no país.
Pelas regras da partilha, vencerá o leilão o consórcio que apresentar a maior parcela do óleo de Libra destinada à União. Mesmo que não participe do consórcio vencedor, a Petrobras será, por lei, operadora de Libra e terá participação mínima de 30% na área.

Repercussão
Para o diretor do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE), Adriano Pires, a não participação das gigantes internacionais privadas não surpreende diante do modelo regulatório, que estabelece a participação obrigatória da Petrobras com pelo menos 30%.
"Na mudança do marco regulatório em 2010 houve uma opção por uma intervenção excessiva do govermo, com um papel monopolista da Petrobras, uma elevada exigência de conteúdo nacional e tudo isso assusta o investidor", afirma Pires.
"Essas gigantes privadas querem operar plataforma, não querem simplesmente entrar com equity. Esse modelo só atrai as petroleiras estatais, que têm uma estratégia diferente e estão mais preocupadas em terem reservas de petróleo do que em lucro e eficiência", avalia.
O analista acredita que entre as estatais de outros países que deverão participar da disputa estão empresas chinesas, da Noruega, da Espanha e da Malásia.
Apesar do número de participantes deva ficar abaixo do esperado pelo governo, Pires não acredita em risco de fracasso. "O maior risco é um adiamento. Essas denúncias de espionagem podem levar a uma judicialização política do assunto", opina.
Fonte: G1

Engenharia teve a maior alta de matrículas

Para Roberto Lobo, especialista em gestão na área de Educação, o crescimento mais fraco nas matrículas é um reflexo do baixo número de formados no ensino médio, ciclo que tem muita evasão. "O aumento da procura de cursos de graduação por uma exigência do mercado é um fenômeno que se saturou." 

O mercado também explica por que o setor de Engenharia foi o que teve maior alta de matrículas (16,6% entre 2011 e 2012). A participação dessa área no total de cursos foi de 11,3% para 12,6%. Segundo o economista e especialista em Educação Claudio de Moura Castro, isso é reflexo da indústria superaquecida. 

O País tem uma proporção muito maior de matriculados na área de Educação do que a média dos países mais desenvolvidos, representados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). São 19,4% dos matriculados no País, ante 9,9% na OCDE. Para Castro, o Brasil hoje recupera a falta de investimento nas últimas décadas. "A OCDE já forma pessoas em quantidade adequada. Já o Brasil não fez nos últimos 20 anos o que os países desenvolvidos fizeram no século 19." 

Já a participação de formandos em Humanidades e Artes no total de matrículas no Brasil (2,3%) é muito menor do que a da OCDE (11,4%). Para Castro, a formação na área é vista por muitos como "um luxo" em um momento em que há necessidades em setores estratégicos. 

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Megaoperação de mais de 20h consegue endireitar o Costa Concordia

O navio de cruzeiro Costa Concordia foi endireitado na madrugada desta terça-feira, às 4h locais (23h de Brasília da segunda-feira), e as operações de rotação da embarcação terminaram com sucesso, após 19 horas, anunciou o chefe da Defesa Civil, Franco Gabrielli, citado pela emissora italiana Rai. “O navio está agora apoiado sobre a plataforma e marcamos um ponto decisivo para afastá-lo da Ilha de Giglio”, acrescentou Gabrielli.
Com o toque das sirenes, se anunciou que a operação tinha sido um sucesso, apesar de ter durado mais que o previsto. O navio, de 114,5 mil toneladas, 290 metros de comprimento e 17 andares de altura, já estava na posição vertical sobre a plataforma submarina que foi construída nos meses anteriores.
O chamado “parbuckling“, o termo técnico com o qual se conhece esta operação de endireitar uma embarcação, foi iniciada pela sociedade americana Titan Salvage em conjunto com a italiana Micoperi, empregou 500 pessoas e teve um custo de 600 milhões de euro para a Costa Cruzeiros, proprietária do Costa Concordia.
Um vídeo com um timelapse feito pela BBC mostra todo o processo:

    Uma forte tempestade atrasou por três horas o início da operação mais cara e complexa da história italiana. O Costa Concórdia começou a ser endireitado às 9h. Só por volta do meio-dia deu para perceber que o gigante de 300 metros e 17 andares de altura estava finalmente se movendo, depois de 20 meses virado e encalhado. Durante 10 horas, vários macacos hidráulicos esticaram os cabos de aço unidos ao casco do navio para levantá-lo, enquanto outros cabos, conectados a 13 torres davam equilíbrio ao barco. Os momentos mais incertos e que atrasaram os trabalhos foram durante as primeiras horas, quando o cruzeiro tinha que ser desencalhado e separado das rochas do fundo do mar para começar a ser endireitado.
Outra grande preocupação, sobretudo para os habitantes da Ilha de Giglio, era o possível impacto ambiental que poderia ter a operação para endireitar o navio, mas a presidente do Observatório Ambiental, Maria Sargentini, comunicou que não houve vazamentos e que não haverá “bomba ecológica”.
A preocupação se concentra agora no lado do casco que se encontra bastante deformado e isto acrescentará dificuldade para a instalação das 15 boias-estabilizadoras, iguais as que foram instalados do outro lado, que servirão para fazer o navio flutuar. Quando estiverem instaladas, e ainda não se sabe quando, se dará o empurrão para flutuar o navio e poder transferi-lo.
Franco Gabrielli assegurou que, após a primeira inspeção de hoje, o estado do navio é melhor do que esperavam, mas “ainda há muito trabalho a fazer”. O responsável da Defesa Civil confirmou que o navio não sairá do mar de Giglio até o ano que vem e que ainda continuam buscando um porto, não muito distante, capaz de receber o enorme cruzeiro para seu desmantelamento.
Para Gabrielli, é prioridade a busca dos dois corpos que ainda não foram encontrados, a passageira Maria Grazia Trecarichi e o membro da tripulação Russel Rebelli.




Túnel Transatlântico: Ficção ou Realidade?

O ano é 2099, o trem no qual estamos falando viaja a uma incrível velocidade de 8.000 km/h, numa jornada sobre o oceano atlântico. Os passageiros acabaram de jantar em NY, e em menos de 1 hora estarão comendo a sobremesa em Paris. Ficção cientifica? Talvez não! Um túnel transatlântico pode estar mais perto da realidade do que nós imaginamos.
Planeta Terra, 70% da superfície da Terra é de água. Uma colcha de retalhos de mares e oceanos separando as pessoas do mundo. Num futuro não muito distante, pode existir uma forma radical para atravessar os oceanos do mundo, uma forma que transformará para sempre a maneira como concebemos nosso planeta. Mais de 5 mil km de oceano separam o antigo do novo mundo. Um túnel transatlântico seria um dos maiores projetos de construção já realizados. Seriam necessários recursos numa escala nunca antes imaginada, cerca de um milhão de toneladas de aço, a produção reunida de todas as siderúrgicas do mundo, durante o ano inteiro, mais de 50 mil sessões de tuneis, cada uma pesando milhões de toneladas, presos ao fundo do oceano, o custo será surpreendente: 12 trilhões de dólares, e levaria quase um século pra completar em algumas das mais extremas condições de trabalho do planeta. Mas se terminado o túnel transatlântico mudaria para sempre nossa forma de viajar, uma pessoa poderia viver facilmente de um lado do oceano atlântico, e trabalhar do outro. 


  
               Um sonho impossível.
          Frank Davidson não pensa assim: “O túnel transatlântico não está longe da ciência e da tecnologia moderna é uma questão de se acostumar a novas realidades”, e Davidson sabe o que diz. Sua empresa ajudou a projetar um túnel no canal da mancha, ligando a Inglaterra à França, o túnel também foi considerado uma ideia impossível e hoje em dia 6 milhões de passageiros por ano realizam a viagem de 3 horas entre Paris e Londres, mas com 50 km de comprimento, o túnel parece um pouco maior do que um pulinho, comparado ao túnel transatlântico de 5 mil km.


          A ideia de um túnel transatlântico vem inspirando visionários por mais de um século. Mas construir um túnel para levar passageiros através do atlântico apresentaria desafios de proporções inconcebíveis. “Existem vários fatores que tornam um projeto extremamente difícil, se não quase impossíveis. As limitadas janelas climáticas para a construção, as grandes distâncias que seriam atravessadas pra deslocar esses materiais e, é claro, o custo desse imenso projeto”. Difícil, perigoso e astronomicamente caro, mas, na mente de alguns visionários, totalmente viáveis. “Quando você começa a olhar para os problemas de forma sistemática, eles vão se render à pesquisa e ao desenvolvimento”. O primeiro passo seria traçar a rota mais prática. Como a construção de um túnel submerso pode custar cerca de 6 bilhões de dólares por km, diminuir as distâncias submarinas, parecem ser uma atraente solução.


            Um túnel transatlântico. Nada na terra pode se quer chegar perto de suas incríveis proporções. Tudo; desde as grandes pirâmides até a muralha da China seriam minúsculos em comparação a ele. E mesmo assim apesar de seu custo astronômico e seus desafios técnicos, visionários, como Frank Davidson, acreditam que um dia o túnel será uma realidade. “apesar de ser um problema muito difícil, o projeto não é de modo algum tão perigoso quanto voar ate a lua”. Se esse túnel for construído será uma das monarquias da engenharia mundial. O que nos esquecemos, é o quão longe já chegamos, coisas que são comuns hoje em dia eram consideradas inconcebíveis no passado. Parece ser nosso destino coletivo transformar as impossibilidades de hoje, nas realidades do mundo.